quarta-feira

Não te vi.

Coberto de pó nos poros,
Depois o calor do teu cheiro,
Memória de tempos inglórios,
Alegria de quem chega primeiro.
O milagre da presença sofrida,
Num acto de prece descontente,
Na tua face escondida,
O compasso de música ausente.
No fim do mundo ainda existe,
A única roda dos ventos,
Longe de tudo o que persiste,
Perto da fonte dos lamentos.
Perco me em lágrimas e prantos,
De um pobre cansado de andar,
Enrolo me em pequenos mantos,
Para que não te veja a passar.

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